Os tons de
tua aurora
inauguram
o beijo que
da pedra surge
velando
o que de humano
resta
em teus
indigentes.
Não há
em tua tela
das flores
pigmentos
ou sutis
aromas em teu olfato.
Há o preciso
risco do
grafite
e urinas
e fezes
e suor e
lodo.
E de tão
dura paisagem
o que há de
belo
se lapida
na flor que no
tecido
dança ao
vento
ou nas
calças coloridas
da menina
que em
ritmados passos
orquestra
do alto de
um viaduto
como
resistir a mais um dia.