Não te sabem, Recife.
Os tons da aurora de tuas ruas.
Os rios que
sedentos
insinuam-se e embebedam-se de teus mangues.
Meninos das palafitas
e entorpecem a terra
que se assanha por seus destros passos.
As sinuosas curvas franciscanas
cuja textura sinto com o olhar na ponta dos dedos
ao caçar
diariamente
o exemplar fincado na gruta sob a cidade de pedra.
Não, Recife,
nem ao menos o teu arsenal de armas brancas
seria capaz de escancarar-me o peito
para que a eles se traduza
o que em mim corrói tua ausência.