quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Torpor

Na próxima taça,
entorpeço meus sentidos.

Urro num suspiro:
“ama-me”,
mas nunca a mim
- que desconheço -
sempre a homens desmunidos.
“Ama a ti”, respondem
arrogando-se inocência.

Assim,
inabitada,
resta-me sorver o vinho.