domingo, 20 de janeiro de 2013

Derradeiro poema


Queria um poema
o derradeiro
para, por pura vingança,
dilacerar-te a pele
com o amor que desprezaste.
Escancarar-te tua pequenez
diante de tão sagrado sentimento que me habita
ainda que não mereças que
palavra alguma seja
para ti, dita.
Porém, este poema não existe
pois não há adjetivo que te qualifique
ou grito que da crueldade te dispa.
...
E para não contaminar, com o que te tornaste,
todo o teu passado, sambas, poesias
aceitarei o teu silêncio como o adeus
certamente oferecido a estranhos
mas que te furtas a dizer à tua amante.

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