segunda-feira, 8 de abril de 2013

Meu guerreiro maia


Quando menino
desbravava continentes
em sonhos vívidos.

Nas pirâmides ocultas
desenhava batalhas e poesias
e antevia o futuro
recitado
no pulsar da terra
por pés despidos.

Cresceu tecendo guerras
brandindo seu machado justiceiro pelos ares
marcando o pão a sangue
e a cera
páginas de livros.

Tocava
como relíquia
suas crias
confabulando em seus ouvidos
sobre a delicadeza da vida.

Meu pai
meu guerreiro maia
sábio
agigantado
como quando menina
suas mãos tomavam as minhas
e no mundo
maior grandeza não havia.

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