Quando menino
desbravava continentes
em sonhos vívidos.
Nas pirâmides ocultas
desenhava batalhas e poesias
e antevia o futuro
recitado
no pulsar da terra
por pés despidos.
Cresceu tecendo guerras
brandindo seu machado justiceiro pelos ares
marcando o pão a sangue
e a cera
páginas de livros.
Tocava
como relíquia
suas crias
confabulando em seus ouvidos
sobre a delicadeza da vida.
Meu pai
meu guerreiro maia
sábio
agigantado
como quando menina
suas mãos tomavam as minhas
e no mundo
maior grandeza não havia.
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