terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sem mais

Não tenho interesse em velhos vícios.
Quero os novos
com cheiro de tinta fresca
entorpecendo os sentidos.

O que foi uma vã tentativa
descabida
pertencerá ao plano
dos sepultados com as homenagens de praxe.

Quero ver vida pulsando em cada artéria
cada veia saltando sob a pele
por não caber em si tamanha intensidade
e amar... Inebriar-me doentia!
Não me servem dias chuvosos
de melancolia ou apatia!
Que eu caia uma, dez ou mil
que me desfaça como água em solo fértil
seja arrebatada por perfumes enlaçando minhas paredes!
Pois me penetra como estaca
estar indiferente a um verso apaixonado do Poeta
ou ver-me furiosa vociferando
o discurso dos desiludidos.

Hoje eu desejo
desesperadamente
sentir.

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