quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Incógnita

Se na pena e no papel
eu não me encontro,
perdi-me pelas bifurcações,
pelos caminhos tortos
que tomei.
Na secura,
meu eu, meu ponto-incógnita,
procura-se em Tel Aviv.

Não fui
a vaca profana
do bom leite etílico
jorrando em fontes
de minhas tetas,
nem as palavras soam mais
ácidas ou líricas.

Não queira chegar
ao centro lúdico de meu eu
solitário e nômade,
ainda escondido por detrás de minha antiga máscara -
relíquia de algum carnaval em Veneza.

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