Gosto da
simplicidade.
De um balão que
se desprende
de pequeninos
dedos
para cumprir
seu incerto destino.
Do olhar de
uma criança
ao tatear em
descobertas
o rosto de
seu pai.
Do eco das
risadas de amigos
numa tarde
ensolarada
imprimindo
na lembrança uma bela comunhão.
Gosto também
de paixões destemidas
de não
calcular o futuro
de amar e sofrer
tendo,
assim, a certeza de pulsar.
Gosto de
chorar frente à beleza
de cantar mesmo
sem voz
e de dançar
até amanhecer.
Gosto de redescobrir
um livro
e de fazer da
primeira a sequência de sua última página.
Gosto da
transparência de meus olhos
de ser dócil
quando bailarina
ou felina quando
mulher em brasa.
Gosto,
enfim, de ser tão humana
a ponto de
permitir-me a fragilidade do erro
presenteando-me
com a possibilidade de
em minha
imperfeição
continuamente
aprender.
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