Três é o teu
feito.
Cabalístico algarismo
a marcar minha
carcaça.
Três foi o
meu dom
de atirar-me
destemida
em teus
braços
forçando uma
a uma
tuas lanças
de suposto guerreiro
contra meu
peito
incendiando-me
em minha
própria chama viva.
Mas se mesmo
a lava endurecida
é
surpreendida pela insistência da vida
eu
por três
vezes por ti reduzida
persisto.
Três é o meu
número e o meu limite.
De certo,
ainda te amo
porém, a
luta que travas com meu coração
deixo-te
ganha.
Tens aqui
na ponta
desta terceira e derradeira lança
meu órgão
pulsante como um troféu.
Entrego-te o
meu amor e o meu martírio.
E neste
exato instante
digo-te:
adeus.
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