quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ser(-)tão andaluz

Soa o taconeo a palo seco
Rompendo o céu em chama viva
Las manos como palomas
Em duelo ao duro espinho
O cajón é a terra seca
Compás a compás
- marcha felina -
onça caetana rasgando la guitarra.

Que afronta o povo tece
Em choro, em riso
Em cruas vestes!

É na noite a bulería
Soam os tangos, o martinete
Não é sonho
É a pura vida
Febril êxtase e agonia.
Mas já silenciam as palmas e os jaleos
Amanhece um novo dia
Sob o eco da juerga
o sol irrompe em carne viva.

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