O relógio marcava
as sete e meia da noite.
Às sete e meia da noite
meu mundo caía.
Eu recusava olhar em teus olhos
a derrubada dos pilares da minha
fundação.
Em meu abraço,
que por si te rogava
ser mentira,
sussurrava
o “eu te amo”
até o murmúrio
transformar-se em grito.
Mas mesmo em teu choro
permaneceste altivo
observando
uma a uma
minhas paredes ruindo.
Às nove horas da noite
meio sorriso nos lábios
partiste.
Vi em teus olhos
o alívio do fim.
Persiste a noite.
Mas se esquecer
é a mortalha
tecida
pelo medo
ao ainda
amar-te
me faço forte.
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