domingo, 14 de outubro de 2012

Fim do amor


Ponho-me diante do papel
caneta em punho
no afã de articular a palavra
que abrirá a porta do verso.

A mente vagueia os temas mais fúteis
a novela
o futebol
as eleições
e nada
nada a dizer num poema:
não trago em minha rima o amor
ou a vaidade que se exprime pelo ódio.

Não podes ao menos
ser o desconhecido
que, em sua solidão felina,
espreita meus olhos e
imediatamente
craveja minha mente
com a ideia do que seja sua vida.

Está constatado:
em ti
não vejo mais poesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário