Senhoras e senhores
rapagões e senhoritas
venham ouvir num pulo só
que esta história é bendita.
Nela verão o Cupido,
uma donzela atrevida
e o Rei do bacalhau!
Todo mundo jungido
num destino tecido
pelos acasos da vida.
Ela traz em seus cabelos
a cor viva e felina
um dourado qual o sol
que o agreste calcina.
Ele era no Cangaço
um destemido guerreiro
pois trazia mais fio branco
que um velho feiticeiro.
Ela era faladeira
bem sarrista, mas dengosa
qual o pai, um piadista
e a mãe, tão amorosa.
Ele era um mistério
engraçado e o mais cortês
mas era tão muquirana
quanto um velho libanês.
E um dia se encontraram
numa festa, um São João,
e o Cupido ouriçou-se
começando a reinação.
Foi paixão a uma vista
coisa tão imprevista
quanto a chegada benquista
do rei Dom Sebastião.
Eram agora prisioneiros
um ao outro bem atado
querendo formar um bando
com quinze filhos falando:
Eita xamego arretado.
E para encurtar esta prosa
o cantador lhes deseja
uma vida cor de rosa
apaixonante e benfazeja
que cada noite e cada dia
sejam doces como mel
plenos de paz e harmonia,
Fernanda e Daniel.
E agora ao rega-bofe
que o casal com tanto empenho
preparou aos convidados
ao som de samba, forró
e um hip-hop suingado
regado a muito chope
e à alegria de quem veio.
Este poema, uma homenagem ao casamento da minha irmã, foi fruto de uma parceria com o meu pai.
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